18 de abr. de 2020

NOTA DE PESAR



NOTA DE PESAR

Justina Inês Onzi nasceu em na localidade de Forqueta Baixa, em 18 de junho de 1955, e faleceu hoje, dia 18 de abril de 2020.

Justina foi professora e assistente social, e foi uma grande militante social e política, tendo sido Secretária Municipal de Saúde de 2002 a 2004, e após foi eleita vice-prefeita de Caxias do Sul na eleição de 2000, tendo Pepe Vargas (PT) como prefeito em segundo mandato. Como vice-prefeita assumiu por inúmeras vezes o cargo de prefeita em exercício, e nos dois primeiros anos do mandato, foi coordenadora de governo e, nos dois últimos foi novamente Secretária Municipal da Saúde.

Em 1º de maio de 1984, na época de reabertura a democracia, junto a diversas outras pessoas, participou da fundação do Centro de Estudos, Pesquisa e Direitos Humanos (CEPDH), numa assembleia realizada na Catedral Diocesana de Caxias do Sul.

Justina era casada com Delmir Sergio Portolan, com quem teve duas filhas. Também tiveram um filho que morreu aos quatro dias, vítima de intercorrência hospitalar. Deixa também o pai, Adolfo Germano Onzi, e a mãe, Lourdes Maria Bonalume Onzi, e os quatro irmãos: Jovelina, Jiraci, Geni e Antenor.

O Centro de Estudos, Pesquisa e Direitos Humanos – CEPDH está consternado com o falecimento dessa grande pessoa, grande ser humano, e reconhece a grande contribuição de Justina na construção de uma sociedade justa, equitativa e humana.


Centro de Estudos, Pesquisa e Direitos Humanos – CEPDH
 

15 de abr. de 2020

Rio Grande do Sul em Foco | 15/04/2020

Rio Grande do Sul em Foco | 15/04/2020


Confira os principais destaques do Brasil de Fato RS nesta quarta-feira:


Governo Bolsonaro demorou mais de dois meses para editar primeira medida. O Brasil tem sido criticado por não ter se preparado adequadamente para o combate à covid-19.

Mulheres têm presença marcante na política, apesar de invisibilizadas. Elas são maioria na base dos movimentos sociais, mas não nos espaços de poder político. Confira mais uma entrevista da série Mulheres na Política.

Em meio à pandemia, Câmara aprova Carteira Verde e Amarela e retira mais direitos. Para novos contratos, o pagamento mensal deverá seguir o teto de R$ 1.558,50; medida precisa ser aprovada pelo Senado.

Em meio à pandemia, empresas de calçados do RS demitem mais de 3 mil trabalhadores. No cenário nacional setor contabiliza a perda de 11 mil empregos, conforme dados da Abicalçados.

Governador do RS estende decreto de fechamento da maioria do comércio até o dia 30. Contudo flexibiliza a liberação de abertura em regiões menos afetadas pelo coronavírus.

Meditação pode ser uma alternativa para manter a saúde física, mental e emocional. Namastê – Centro de Terapia Bioenergética e Meditações Ativas oferece meditação em casa em tempos de isolamento.

Uergs lança vídeo com informações em Libras sobre o coronavírus*. O material tem como objetivo suprir a carência sobre a pandemia causada pelo coronavírus para população surda.

Rio Grande do Sul tem 720 casos confirmados de coronavírus  Doença é registrada em 87 municípios gaúchos.

Covid-19: que os ricos paguem a conta! "A taxação de grandes fortunas é a forma mais justa e rápida de assegurar uma maior justiça tributária no Brasil". Artigo de Marcelo Sgarbossa e Cristiano Lange dos Santos.

A crise se define: se correr o bicho pega se ficar o bicho come*. Mandetta avisou sua equipe que estava sendo demitido e que Bolsonaro só procura um substituto para dispensá-lo. Artigo de  Walmaro Paz.

Mandetta admite saída do ministério: "O presidente quer outro tipo de posição". Ministro afirma que busca por substituto já chegou em seus ouvidos: "Alguns nomes que foram sondados me procuram".

Fortalecer o SUS: uma tarefa nacional. Autor propõe medidas como a criação dos Serviços Estaduais de Saúde e do Quadro Nacional de Servidores Públicos da Saúde. Artigo de Eduardo de Azeredo Costa.

Trabalhadoras domésticas enfrentam ameaças de demissão e perda de renda com pandemia. De acordo com o Sindicado das Domésticas da Paraíba, as diaristas são as mais prejudicadas com a falta de direitos.

O remédio contra crise causada pela pandemia não é austeridade, afirma Dilma Rousseff. Para a ex-presidenta, é necessário ter um Estado que invista e que opte por se endividar em vez de aumentar impostos.

CORONAVÍRUS NO BRASIL
Números atualizados, impactos econômicos, consequências políticas e ações de enfrentamento.




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Notícias

5 de abr. de 2020

Fim de um mundo (por Manuel Castells)

Fim de um mundo
por Manuel Castells

Publicado em: abril 4, 2020

Manuel Castells (*)

A equipe de gestão da crise sanitária nomeada por Trump elabora, como outros países, modelos para prever a evolução da epidemia. Segundo suas projeções, se não se fizesse nada (ou seja, se fosse seguida a opinião do presidente há cerca de um mês), poderia haver algo entre 1,6 milhões e 2,2 milhões de mortos por Covid-19 nos Estados Unidos. Para ter uma ideia da magnitude desses números basta comparar com os 400 mil soldados norte-americanos que morreram na atroz Segunda Guerra Mundial. No entanto, com medidas de confinamento estrito nos próximos 30 dias, acreditam que poderão reduzir essas mortes a algo entre 100 mil e 200 mil pessoas nos próximos meses. Claro que esperam rebaixar a cifra, mas ainda em seu nível mais baixo, com dezenas de milhões de contagiados, os Estados Unidos aparecem agora como o epicentro da epidemia.

As conseqüências humanas são horríveis. Mas, além disso, as conseqüências econômicas e sociais desta tragédia alcançarão o conjunto de um planeta globalizado cujo centro segue sendo os Estados Unidos. Por que, de repente, ocorreu essa evolução catastrófica da epidemia que estava localizada na China e na Coréia? Pela mesma razão pela qual a epidemia se tornou pandemia: nossa interconexão global, o tráfego constante de pessoas e mercadorias entre todos os países, com muitos destes intercâmbios tendo por origem e destino as grandes metrópoles norte-americanas. Além disso, no interior dos Estados Unidos milhões de passageiros circulam diariamente em aviões que formam a mais densa rede de tráfego aéreo do planeta. Não há trens, os ônibus são para os pobres e as viagens de longa distância em automóveis se limitam aos períodos de férias. E os aviões são um meio patógeno para toda classe de vírus e também para este. A Babel do século XXI, em suas múltiplas megalópoles é, paradoxalmente, o território mais vulnerável do planeta. Ainda que veremos em seguida o que vai ocorrer na África, América Latina e Índia.

Mas há mais elementos importantes neste cenário: o péssimo sistema de saúde pública estadunidense, com milhões de pessoas sem cobertura, no qual coexistem a melhor tecnologia médica do mundo (para aqueles que podem pagar) com uma medíocre medicina semi-pública, onde os hospitais cobravam, até bem pouco tempo, 3 mil dólares por um teste de coronavírus. Também influi o desleixo dos responsáveis políticos, incapazes de reagir a tempo, desdenhando as advertências que chegavam da China. Diziam: aqui não é a China. Isso é verdade, mas o vírus não sabe disso. Trump se referia a ele como o "vírus chinês". Agora virou uma questão de vida ou morte para o seu país. E é isso de fato. Da diferentes atitudes de responsáveis regionais resultam grandes diferenças na expansão do contágio. A Califórnia e o estado de Washington, com governadores democratas progressistas, adotaram medidas de confinamento há um mês. As escolas e universidades fecharam e adotaram o ensino online. Eventos desportivos e espetáculos foram suspensos.

Enfim, fizeram o que fizemos em nosso país gradualmente. Nova York e sua área metropolitana foram os mais lentos em reagir. Além disso, é o principal nó dos fluxos globais que convergem nos Estados Unidos. Nova York se converteu na Wuhan dos Estados Unidos. Mas que ninguém tenha a ideia de pedir o confinamento territorial. Cada estado da União tem autonomia quase total para aplicar suas próprias medidas. E como o vírus não conhece fronteiras vai se expandindo sem obstáculos, contagiando outras áreas metropolitanas, porque a estrutura espacial funciona por relações inter-metropolitanas, não por contiguidade territorial. Em uma situação de extrema emergência, o governo federal poderia impor uma política centralizada, mas é improvável. Ao invés disso, estados e municípios suplicam ao governo ajuda financeira, militar ou de equipamentos. Trump ordenou às fábricas de automóveis que passassem a fabricar respiradores, tão escassos como no resto do mundo, mas no momento se pratica uma política seletiva nos hospitais, reservando-os aos que se podem salvar e transferindo-os para distintas regiões conforme a morte se desloca. Enquanto isso, a ciência trabalha para encontrar remédios e uma vacina. Mas ainda está longe.

O colapso sanitário se estende à economia. E, daí, à economia mundial, à produção dependente de cadeias globais de produção, ao consumo, com demanda decrescente pelo confinamento e pelo medo do futuro, aos investimentos, apesar da taxa de juro de 0% do Federal Reserve (o Banco Central norte-americano), porque a incerteza é absoluta, e aos mercados de commodities, com preços despencando, sobretudo do petróleo, porque Rússia e Arábia Saudita escolheram esse momento para um duelo suicida entre quem pratica o preço mais baixo. Isso seria bom para nós, se pudéssemos viajar.

A OCDE estima que, nos países desenvolvidos, cada mês de confinamento reduz o crescimento do PIB em dois pontos. Calculem. Entramos, sem dúvida alguma, em uma profunda e larga recessão mundial que se converterá em uma crise financeira pior que a de 2008 porque as empresas voltaram a se endividar pensando que de novo tudo era brincadeira. Em meio a tudo isso, e apesar de tudo, a China deteve a expansão do vírus (que segue à espreita todavia) e ainda vai conseguir crescer 2%, indicando uma mudança fundamental da hegemonia mundial. Não é o fim do mundo. Mas é o fim de um mundo. Do mundo no qual estávamos vivendo até agora.

(*) Doutor em sociologia pela Universidade de Paris, é professor nas áreas de sociologia, comunicação e planejamento urbano e regional e pesquisador dos efeitos da informação sobre a economia, a cultura e a sociedade. Artigo publicado originalmente em La Vanguardia.

Tradução: Marco Weissheimer

§§§

https://www.sul21.com.br/opiniaopublica/2020/04/fim-de-um-mundo-por-manuel-castells/  

Em cada diferença, a igualdade

XIV Seminário de Saúde do Trabalhador: dia 26 de abril

XIV SEMINÁRIO DE SAÚDE DO TRABALHADOR A primeira edição do Seminário Saúde do Trabalhador aconteceu em 2009. E, desde então já foram 13 ediç...