26 de ago. de 2009

Protesto impede aula inaugural

Grupo RBS

O campus da UCS virou palco de protestos na noite de segunda-feira contra a criminalização dos movimentos sociais. O ato lembrou a morte do agricultor Elton Brum, integrante do MST, morto em confronto com Brigada Militar (BM) na desocupação da fazenda Southal, em São Gabriel. A manifestação também serviu para repudiar o promotor de Justiça do Estado Gilberto Thums, que iria palestrar na aula inaugural do curso de Direito.

Thums era convidado do Departamento Acadêmico (DA) Percy Vargas de Abreu e Lima, mas enfrentou resistência por ter sido o responsável pelo pedido de fechamento das escolas itinerantes do MST.

O cancelamento da aula inaugural do Direito foi considerado uma vitória pelos cerca de 80 manifestantes, entre acadêmicos e integrantes de movimentos sociais, que percorreram a universidade.

O vice-presidente do DA de Direito, Leonel Ferreira, critica a decisão de adiar a palestra. Segundo ele, o diretório havia até solicitado reforço à BM para a palestra de Thums, além de um carro blindado.

A coluna tentou conversar com Thums, mas ele não atendeu aos chamados no celular.

ROBERTO CARLOS DIAS (INTERINO)* | MIRANTE | Política - Pioneiro

 

30 anos da LEI da ANISTIA

Para refletir sobre os avanços e desafios no processo de democratização do País, a vereadora Denise Pessôa (PT) fará pronunciamento no grande expediente da sessão da Câmara de Vereadores de Caxias do Sul, no próximo dia 27 de agosto (quinta-feira), às 17 horas.

Acompanha no Plenário ou pela TV Câmara (www.camaracaxias.rs.gov.br), e avisa quem pode se interessar pelo tema!

 

25 de ago. de 2009

Quem matou Elton Sem-Terra?

Marisa Formolo*

Dia 21 de agosto, na desocupação da Fazenda Southal, foi morto um militante sem-terra. Em escaramuça travada em meio a lama da campina gaúcha, foi atingido covardemente por um tiro de espingarda calibre 12. Cenas que lembram as centenárias revoluções do povo gaúcho.

Quem matou Elton Sem-Terra? É provável que a sociedade queira saber qual foi o soldado que atirou. Mas quem de fato matou Elton foi o Estado.

Um Estado que tem justiça e ação policial rápida para os pobres, e morosa ou quase inexistente para a elite que detém o poder. Uma elite agrária que quer impedir a reforma agrária a qualquer custo, ao custo de vidas...

Um Estado que se preocupa com o preço da comodities, mas que não consegue ver centenas de Eltons, que estão há mais de uma década na beira da estrada a espera de uma gleba de terra, num país de tanta terra na mão de poucos.

Qual era o lugar de Elton Sem-Terra?

A favela urbana? Qual é o lugar no mundo de um colono sem-terra? É o castigo da lona preta na beira da estrada? É evidente que é na terra devidamente dividida para multiplicar alimentos para o povo.

Quem morreu na Fazenda Southal?

Foi um homem quase indigente. Foi um lutador social que resistiu a ordem judicial na forma da lei. Quem morreu naquela fazenda foi um um pouco de cada um que lutamos para manter a esperança.

Toda vez que falta comida na mesa do povo, porque a soberania alimentar que só se alcança com a reforma agrária está longe do nosso horizonte, morre um pouco da esperança...

Toda vez que é negado ao estudante material mínimo para o aprendizado, para a higiene, para evitar contaminações nas escolas públicas, em nome da economia do Estado, morre um pouco mais da esperança...

Toda vez que se descobre verdadeiros assaltos ao cofres públicos por meio da corrupção, morre muito da esperança...

Toda vez que uma palavra é dita, e no dia seguinte negada por quem a disse, morre um pouco mais da esperança de cada pobre, de cada sem nada que vive neste mundo.

Estas mortes anunciadas vão minando a nossa fé e esperança.

Mas ainda temos uma reserva para os momentos mais duros como este que o Rio Grande do Sul vive. Temos que nos levantar, recuperar a esperança. É possível um mundo melhor, e um Estado dentro de um sistema que nos dê vida, não a morte. Esta crença reafirma que as lutas que Elton-Sem Terra representa valem a pena. É Lutar pela justiça, lutar pela vida. Talvez seja isso que Elton pensou até seu último minuto: acreditou que vale a pena lutar.


* Marisa Formolo, é deputada estadual do PT, na Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul

24 de ago. de 2009

CONTRA A CRIMINALIZAÇÃO DOS MOVIMENTOS SOCIAIS

O Rio Grande do Sul vive um dos momentos de maior ataque aos direitos já conquistados, após o fim da ditadura: o de livre organização e expressão.

 

Os movimentos sociais tem tido um papel civilizatório na sociedade brasileira ao questionar as profundas injustiças e desigualdades na nossa sociedade e propõem medidas concretas para tornar o país melhor para todos e todas e não apenas para uma minoria.

 

Setores conservadores da sociedade brasileira acusam os movimentos sociais de "violentos", "baderneiros", "foras da lei". Pretendem com isso assustar a sociedade para não reconhecer o quão justa é a luta destes setores. São frases como essas que nos remetem a uma época autoritária, não muito longínqua do nosso país: "Nós podemos proibir o poder público de negociar com o movimento, pois vamos entendê-los como sendo uma organização criminosa, porque os objetivos não são lutas pacíficas. Qualquer pessoa que faz o que eles fazem estaria na cadeia" (Gilberto Thums).

 

Ora, se o estado não reconhece e se recusa a ouvir uma parte da sociedade, como torná-lo mais justo? Por isso que os movimentos sociais se manifestam, para suas demandas serem ouvidas.

 

Nós, que fazemos parte dos mais variados movimentos sociais, que lutamos pela efetivação dos direitos conquistados e que reivindicamos a construção de novos direitos, não aceitamos ser chamados de terroristas ou de criminosos. Somos construtores de um outro mundo, melhor para todos e todas!

 

Neste sentido, mais uma vez se repete a ação truculenta da brigada militar do RS a mando do governo Yeda, que além de envolvido com a corrupção, nega o direito dos movimentos sociais de se organizarem e se manifestarem por lutas justas em busca de uma sociedade mais digna para todos e todas.

 

Queremos denunciar o assassinato do agricultor Elton Brum, 44 anos, pai de dois filhos, natural de Canguçu, durante o despejo da ocupação da Fazenda Southall em São Gabriel. As informações sobre o despejo apontam que Brum foi assassinado quando a situação já se encontrava controlada e sem resistência. Há indícios de que tenha sido assassinado pelas costas. Morto a tiros pela polícia quando manifestava sua luta pela reforma agrária, assim como muitos, foi mais uma vítima da criminalização dos movimentos sociais.

 

Indignados/as com clima de terror instaurado no estado de RS, no que se refere a ação e  repressão dos movimentos sociais, não podemos aceitar essa situação calados, por isso nos manifestamos!

 

DCE/UCS, C.A de História, D.A de Pedagogia, Kizomba,

Marcha Mundial de Mulheres, Coletivo de Mulheres DCE/UCS,

UJS, Pastoral de Juventude, ENEFAR, CUT,

Sindiserv, CEPDH (Centro de Estudos, Pesquisa e Direitos Humanos)

21 de ago. de 2009

NOTA PÚBLICA

O Centro de Estudos, Pesquisa e Direitos Humanos (CEPDH) manifesta sua indignação à ação da Brigada Militar do estado do Rio Grande do Sul na desocupação da Fazenda Southal, que resultou na morte de Elton Brum da Silva, além de dezenas de pessoas feridas, na manhã do dia 21 de agosto de 2009, em São Gabriel.

O CEPDH manifesta seu apoio e solidariedade aos integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra e à família de Elton Brum da Silva e todos/as os/as feridos/as, manifestando-se ainda contra a criminalização dos movimentos sociais que está em prática no Rio Grande do Sul

A forma agressiva e truculenta da ação da Brigada Militar é inaceitável, pois reflete uma agressão à democracia e aos que se organizam para lutar por seus direitos fundamentais.

É de extrema importância que o relacionamento da sociedade com as forças da ordem seja marcado pelo respeito, e não pela agressão (como é próprio nos regimes ditatoriais).

Assim, esperamos que haja das autoridades competentes uma rigorosa investigação e punição dos responsáveis diretos e indiretos, com a maior brevidade.

Caxias do Sul, 21 de agosto de 2009.

Centro de Estudos, Pesquisa e Direitos Humanos – CEPDH

19 de ago. de 2009

Participe da Conferência de Comunicação

 

O que a Conferência de Comunicação tem a ver com você? Quando assistimos televisão ou ouvimos o rádio não sabemos que qualquer canal só pode veicular determinado conteúdo porque tem uma concessão pública. Mas o que significa ser uma concessão pública? Significa que os canais de televisão e rádio pertencem ao povo brasileiro e que para que uma empresa queira explorá-lo comercialmente precisa de autorização do estado, que é quem toma conta dos bens coletivos do povo. Em outras concessões públicas, como transporte coletivo, por exemplo, todo o serviço prestado é voltado ao interesse do cidadão e quando ele não funciona todo mundo pode reclamar para que o serviço mude! No caso das TVs comerciais, como Globo, SBT, Record, Band e Rede TV , que de acordo com a lei deveriam veicular principalmente conteúdos educativos, culturais, artísticos e informativos, isso simplesmente não acontece! Eles fazem o que querem com a prog ramação televisiva e o cidadão não tem a chance nem de avaliar, nem de reclamar para que as coisas mudem. Além disso, há uma śerie de irregularidades cometidas por esses canais, que muitas vezes violam direitos humanos e a própria lei que regulamenta seu funcionamento. A Conferência traz a chance da sociedade dizer como devem funcionar essas concessões públicas.

Outra questão importante: você tem internet em casa? Na escola? No Telecentro? Num mundo em que cada dia mais a informação é parte fundamental da vida, a internet torna-se um recurso de primeira necessidade. Ter acesso à informação e se comunicar são direitos do cidadão. É dever do Estado garantir que todo mundo possa acessar e produzir conteúdos para se informar e se comunicar. Como garantir esse acesso? Como garantir condições para que os cidadãos possam distribuir os conteúdos que produzem? Esses também são debates que passam pela Conferência.

O futuro também já chegou. É celular que toca música, é computador que passa filme, é televisão que vai virar computador. Nesse encontro de tecnologias, que chamamos de convergência, ninguém sabe ao certo de que forma podemos utilizar todas essas inovações a serviço do cidadão, garantindo o acesso universal ao conhecimento, e à produção de conteúdo. Como organizar todo o caminho que vai da produção de conteúdo, passando pela forma como ele será distribuído e recebido é outro tema sobre o qual os participantes da I Conferência Nacional de Comunicação.

Portanto, a I Conferência Nacional de Comunicação é um momento em que toda a sociedade se reúne para definir as diretrizes e ações que o poder público (prefeitos, vereadores, deputados estaduais, deputados federais, ministros, presidente, juízes, promotores, etc) deve ter como prioridade no setor de Comunicação. É um momento muito especial de participação popular na definição das políticas públicas. Por isso é fundamental se inteirar e participar de todas as atividades relacionadas à Conferência na sua cidade. Procure a Comissão Estadual de onde você mora e participe!

Acesse http://proconferencia.org.br para mais informações.

16 de ago. de 2009

minissérie da TV Brasil estreia no dia 31 de agosto

ERA DAS UTOPIAS

Sinopse:

'Era das Utopias' é uma minissérie de seis episódios divididos em três temas: 'Utopia Socialista', 'Utopia Capitalista' e 'Novas Utopias'.

O termo 'utopia' ainda é indefinido para a grande maioria, algo que remete ao sonho, ao ideal, ao mais alto grau de civilização de uma sociedade, porém sempre como impossível de ser alcançado.

Ela está presente na economia, na política, na religião e, mais recentemente, nas questões do meio ambiente. Em suma, está inserida dentro de nossas vidas. Tão intrinsecamente que todos temos nossos devaneios utópicos. E são estes sonhos que queremos trazer à tona, levantando o debate e a expressão utópica de cada indivíduo.

'Qual sua utopia?' é a pergunta que vai guiar a nova minissérie da TV Brasil, dirigida pelo cineasta Silvio Tendler.

'Era das Utopias' estreia no dia 31 de agosto, às 20h30.

Saiba mais sobre a nova minissérie da TV Brasil, que estreia no dia 31 de agosto.

http://www.tvbrasil.org.br/eradasutopias/

 

TV Brasil: www.tvbrasil.org.br, em "clique e assista ao vivo"

4 de ago. de 2009

nesta quinta, 6 de agosto, das 9h as 16h

Palestra com o Dr. Celerino Carriconde,

médico coordenador do CNMP,

nesta quinta-feira - 6 de agosto,

das 9h as 16h,

no Centro Diocesano de Formação Pastoral



Dr. Celerino Carriconde

Formado em Medicina pela Faculdade de Ciências Medica de Curitiba em 1967,

Mestrado em Saúde Pública na Queen's University em Kingston - Ontário Canadá,1977,

Curso em Atenção Primária a Saúde na Manchester University Inglaterra 1985

Curso de Plantas Medicinais no Kew Garden em Londres 1985

Curso de Plantas Medicinais na APS em Havana - Cuba 1992


Se puder, confirma presença: cepdh@correios.net.br ou 3211.5032.





convite

clica na imagem para ampliar

aula inaugural - adiada

Foi ADIADO o inicio das aulas na Faculdade da Serra Gaúcha (FSG) para dia 10/08 (www.fsg.br/noticias_detalhes.php?cod_noticia=960).
 
Assim, foi também desmarcada a aula inaugural com os palestrantes JACQUES ALFONSIN e PAULO CARBONARI, previamente agendada para dia 6 de agosto.
 
Assim que tivermos a nova data, avisaremos!
 

Em cada diferença, a igualdade

próximo sábado: segundo encontro

Encontros Economia de Francisco Segundo encontro Crise Ecossocial e Desenvolvimento integral - Mundo do Trabalho.  Cremos que tudo está inte...