19 de abr. de 2018

Será que só eu estou ficando louco?

Texto de Pedrinho Guareschi*, em 19/04/2018:

"Será que só eu estou ficando louco? Desculpem-me, mas não posso calar! Por favor, me ajudem e me digam que isso que coloco abaixo está incorreto. Estou pensando que o Lula foi condenado, e está na prisão, por causa do que vai abaixo:

No site da UOL, da Folha e no www.viomundo.com.br vejo as seguintes informações sobre a ocupação do triplex: no relatório da sentença de Moro, p. 57, está: "Estima o MPF os valores da vantagem indevida em cerca de R$ 2.424.991,00, assim discriminada, R$ 1.147.770,00 correspondente à diferença entre o valor pago e o preço do apartamento entregue, e R$ 1.277.221,00 em benfeitorias e na aquisição de bens para o apartamento". E na p. 69 da sentença: "Os custos da reforma atingiram R$ 1.104.702,00 e incluíram a instalação de elevador privativo no apartamento".

Agora o MTST vai lá, entra no apartamento e constata que lá não foi feita reforma nenhuma; que não há elevador, que nem a pintura foi acabada! Tem cabimento uma coisa dessas? Essa invenção e essa mentira na condenação de uma pessoa que está na cadeia?

Mas, O MAIS ESCANDALOSO E INCOMPREENSÍVEL para mim é: PORQUE NA NOSSA "GRANDE MÍDIA" NÃO APARECE NADA? Esse é certamente um dos maiores escândalos da história!

O que vejo na ZH de hoje (19 de abril 2018): Enorme notícia dizendo que os juízes do TRF4 rejeitaram "por unanimidade" os embargos da defesa de Lula. Esse mesmo Tribunal composto de 3 juízes que no dia 24 de janeiro desse ano em vez de examinarem a sentença acima do Moro, se limitaram a elogiá-lo, a repetir qual marionetes tudo o que estava na sentença! E mais: aumentaram a pena de 9 anos de 6 meses para 12 anos e um mês, UNANIMEMENTE, até com os meses iguaizinhos! Será que todos, "ao se debruçarem sobre os laudos..." não notaram nenhuma falha? Será que eles leram os mais de 100 artigos de juristas nacionais e internacionais, sobre as falhas na sentença do Moro, que foram até publicados em livro? Será que não havia nenhum problema? Quem não percebe que isso é pura armação? E mais: o chefe deles já dizendo, antes mesmo do julgamento e até sem ter lido (foi ele mesmo que disse!), que era uma sentença 'irretocável"! Perguntaria: Com que cara vão ficar diante da HISTÓRIA? Será que acreditam que isso vai ficar assim?

Agora dá para entender por que o Moro não deixou fazer a inspeção do apartamento quando a defesa pediu. Será que os juízes acima não notaram isso?

Entendo também o que o Lula respondeu ao Moro naquele famoso interrogatório sobre um elevador para o apartamento: "Será que alguém de bom senso nesse país imagina que eu ia pedir um elevador num apartamento que não era meu e deixar de pedir no que eu moro há 20 anos?" Fico pensando: quando o Moro escutou isso sua consciência não lhe lembrou, ou ele não sabia, que tudo o que ele tinha colocado no relatório não existia, mas eram invenção da Globo? Que tipo de gente é esse juiz?
Desculpem, mas o texto ficou um pouco longo. Até quando vamos aguentar? Até quando a consciência dos que pensam vai suportar tudo isso? É preciso se indignar, a santa indignação dos profetas e dos que querem justiça! E atenção: há gente na prisão por causa disso! Adianta depois vir pedir desculpas e dizer que "houve falha na justiça"? Será que não há juízes, também do Supremo, que não se dão conta disso?"


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Texto originalmente publicado no perfil pessoal facebook do autor, Pedrinho Guareschi, em 19/04/2018.

* Pedrinho Guareschi é graduado em Filosofia, Teologia e Letras; pós-graduado em Sociologia; mestre e doutor em Psicologia Social; pós-doutor em Ciências Sociais em duas universidades (Wisconsin e Cambridge); pós-doutor em Mídia e Política na Università degli studi 'La Sapienza'; professor na UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul); seus estudos, pesquisas e experiências focalizam a Psicologia Social com ênfase em mídia, ideologia, representações sociais, ética, comunicação e educação; conferencista internacional.

17 de abr. de 2018

nesta quarta, dia 18, 19h




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Caxias antiga | 17/04/2018

Memória: a trajetória do padre Gilnei Fronza

Religioso natural de Bento Gonçalves recebe nesta quarta-feira (18) o título de Cidadão Caxiense

Rodrigo Lopes - rodrigolopes33@gmail.com

Religioso com forte atuação nas comunidades de Caxias do Sul e Farroupilha, o padre Gilnei Antonio Fronza, 55 anos, recebe nesta quarta-feira, 18 de abril, o título de Cidadão Caxiense. A solenidade, aberta ao público, ocorre a partir das 19h, no plenário da Câmara de Vereadores.

Padre Gilnei nasceu em Bento Gonçalves em 13 de fevereiro de 1963, mas desde cedo manteve estreita ligação com a cidade que lhe confere o título. Segundo dos quatro filhos do caldeirista Avelino Fronza e da dona de casa Gemma Piva Fronza, Gilnei ganhou o segundo nome, Antonio, por ter nascido no dia 13 – dia votivo que mensalmente lembra de Santo Antonio, padroeiro de Bento Gonçalves. Conforme a família, ao ser entregue à mãe na maternidade por uma enfermeira, ela teria dito: "esta criança se chamará Antonio, e reze, que ele será padre". 

Dito e feito. Aos 14 anos, o jovem rumou ao Seminário Nossa Senhora Aparecida, em Caxias, onde concluiu o Ensino Médio. Posteriormente, graduou-se em Filosofia pela UCS e Teologia pela PUC, em Porto Alegre. Já a ordenação deu-se em 15 de janeiro de 1989, em cerimônia na comunidade de Santa Catarina, no bairro Licorsul, onde nasceu.

Na ocasião, a família sugeriu aos moradores e convidados que doassem alimentos para uma confraternização.  Resultado: mail de mil pessoas comeram galeto, churrasco e outros pratos típicos, em uma ação conduzida pelo pai, Avelino – um dos idealizadores do salão paroquial de Santa Catarina, em Bento.

Foto 1.            Foto 2.

Foto 1: A foto oficial da primeira comunhão, em 1974. Foto: acervo de família / divulgação.
Foto 2: Primeira eucaristia em 1974: Gilnei aos 11 anos, com o catequista Dorvalino Massoco e o padre Oscar Betholdo. Foto: acervo de família / divulgação.

O início em Caxias do Sul

O primeiro trabalho de padre Gilnei na Diocese de Caxias do Sul foi como membro da equipe pastoral do Núcleo Santa Catarina. E o religioso ficou conhecido, justamente, por ser um mediador das novas vocações, já que atuou por duas vezes como líder em seminários caxienses de formação, nos anos 1990: o São José e o Santa Catarina.

Falando em formação, nas fotos acima vemos dois registros da primeira comunhão do jovem, em 1974. Gilnei, então com 11 anos, aparece ao lado do catequista Dorvalino Massoco e do padre Oscar Bertholdo, na Igreja Santo Antonio. 

Na sequência, a ordenação como diácono em Farroupilha, junto ao bispo Dom Paulo Moretto e ao padre Nivaldo Piazza (ao fundo), em 1º de agosto de 1988. Por fim, padre Gilnei no momento da ordenação como padre em 15 de janeiro de 1989, em Bento, ao lado de Dom Paulo.

Foto 3.      Foto 4.

Foto 3: Diácono em 1988: Gilnei com o bispo Dom Paulo Moretto e o padre Nivaldo Piazza. Foto: acervo de família / divulgação.

Foto 4: Gilnei é ordenado pelo bispo Dom Paulo Moretto em 1989. Foto: acervo de família / divulgação           

                                                                                                    

Atuação nos bairros

Em Caxias, padre Gilnei desempenhou importante trabalho junto aos bairros Sagrada Família,Vale Verde, Reolon, Santa Lúcia, Monte Bérico, Vila Ipê, Belo Horizonte e Santa Fé.

Mas foi no Desvio Rizzo que permaneceu por mais tempo, onde desenvolveu laços duradouros com a comunidade. O título de Cidadão Caxiense partiu da vereadora Gladis Frizzo (PMDB), representante da comunidade do Rizzo.

Foto 5: Padre Gilnei e Dom Paulo oferecem a comunhão a apenados do presídio de Caxias do Sul. - Foto: acervo de família / divulgação

Defensor dos direitos humanos

Uma das bandeiras mais evidentes de padre Gilnei é a dos direitos humanos. Como integrante do Centro de Estudos, Pesquisa e Direitos Humanos da Diocese, criou a Cartilha Violência Criminalizada, que retratou as circunstâncias dos homicídios dos bairros caxienses. 

Com este material, o religioso e sua equipe visitaram as comunidades e debateram as causas e as soluções para que tragédias como aquelas não se repetissem.

Foto 6: Padre Gilnei, irmã Maria do Carmo e um grupo de imigrantes senegaleses durante uma Romaria de Caravaggio - Foto: acervo de família / divulgação

Caravaggio

O jeito acolhedor do bento-gonçalvense também se destacou quando da chegada das centenas de imigrantes senegaleses à Serra, ao trabalhar na recepção junto às congregações de irmãs. Padre Gilnei só deixou o cargo em 2013, quando aceitou a missão de coordenar o maior evento religioso da Serra Gaúcha, a Romaria de Nossa Senhora de Caravaggio.

O Santuário recebe cerca de 1,2 milhões de pessoas todos os anos, e a romaria foi declarada Bem Cultural de Natureza Imaterial de Caxias do Sul.


http://pioneiro.clicrbs.com.br/rs/geral/cidades/noticia/2018/04/memoria-a-trajetoria-do-padre-gilnei-fronza-10308409.html


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