31 de mar. de 2015
9ª Mostra de Cinema e Direitos Humanos, em Flores da Cunha
23 de mar. de 2015
9ª Mostra de Cinema e Direitos Humanos do Hemisfério Sul, em Flores da Cunha
Convite para comunidade - Projeto Democratizando
A Comissão de Educação, Saúde, Agricultura, Serviços Públicos e Direitos Humanos da Câmara de Vereadores juntamente com o Centro de Estudos, Pesquisa e Direitos Humanos de Caxias do Sul (CEPDH) convidam a comunidade florense para conhecer os trabalhos da 9ª Mostra de Cinema e Direitos Humanos do Hemisfério Sul através do Projeto Democratizando.
Data: 01, 07, 15 e 22 de abril de 2015
Horário: 19h às 21h
Local: Câmara de Vereadores de Flores da Cunha
*Será entregue certificado de participação pela presença de no mínimo 03 (três encontros).
Mias informações:
imprensa@camaraflores.rs.gov.br
(54) 3292.6420
http://www.camaraflores.rs.gov.br/noticias_detalhes.aspx?id=3443#.VRCdvebF90o
21 de mar. de 2015
CARTA DA TERRA - vídeo
A Carta da Terra
Leitura do Teólogo Leonardo Boff
A Carta da Terra é uma declaração de princípios éticos fundamentais para a construção, no século 21, de uma sociedade global justa, sustentável e pacífica. Busca inspirar todos os povos a um novo sentido de interdependência global e responsabilidade compartilhada voltado para o bem-estar de toda a família humana, da grande comunidade da vida e das futuras gerações. É uma visão de esperança e um chamado à ação.
CARTA DA TERRA
PREÂMBULO
Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro reserva, ao mesmo tempo, grande perigo e grande esperança. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio de uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos nos juntar para gerar uma sociedade sustentável global fundada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade de vida e com as futuras gerações.
TERRA, NOSSO LAR
A humanidade é parte de um vasto universo em evolução. A Terra, nosso lar, é viva como uma comunidade de vida incomparável. As forças da natureza fazem da existência uma aventura exigente e incerta, mas a Terra providenciou as condições essenciais para a evolução da vida. A capacidade de recuperação da comunidade de vida e o bem-estar da humanidade dependem da preservação de uma biosfera saudável com todos seus sistemas ecológicos, uma rica variedade de plantas e animais, solos férteis, águas puras e ar limpo. O meio ambiente global com seus recursos finitos é uma preocupação comum de todos os povos. A proteção da vitalidade, diversidade e beleza da Terra é um dever sagrado.
A SITUAÇÃO GLOBAL
Os padrões dominantes de produção e consumo estão causando devastação ambiental, esgotamento dos recursos e uma massiva extinção de espécies. Comunidades estão sendo arruinadas. Os benefícios do desenvolvimento não estão sendo divididos eqüitativamente e a diferença entre ricos e pobres está aumentando. A injustiça, a pobreza, a ignorância e os conflitos violentos têm aumentado e são causas de grande sofrimento. O crescimento sem precedentes da população humana tem sobrecarregado os sistemas ecológico e social. As bases da segurança global estão ameaçadas. Essas tendências são perigosas, mas não inevitáveis.
DESAFIOS FUTUROS
A escolha é nossa: formar uma aliança global para cuidar da Terra e uns dos outros ou arriscar a nossa destruição e a da diversidade da vida. São necessárias mudanças fundamentais em nossos valores, instituições e modos de vida. Devemos entender que, quando as necessidades básicas forem supridas, o desenvolvimento humano será primariamente voltado a ser mais e não a ter mais. Temos o conhecimento e a tecnologia necessários para abastecer a todos e reduzir nossos impactos no meio ambiente. O surgimento de uma sociedade civil global está criando novas oportunidades para construir um mundo democrático e humano. Nossos desafios ambientais, econômicos, políticos, sociais e espirituais estão interligados e juntos podemos forjar soluções inclusivas.
RESPONSABILIDADE UNIVERSAL
Para realizar estas aspirações, devemos decidir viver com um sentido de responsabilidade universal, identificando-nos com a comunidade terrestre como um todo, bem como com nossas comunidades locais. Somos, ao mesmo tempo, cidadãos de nações diferentes e de um mundo no qual as dimensões local e global estão ligadas. Cada um compartilha responsabilidade pelo presente e pelo futuro bem-estar da família humana e de todo o mundo dos seres vivos. O espírito de solidariedade humana e de parentesco com toda a vida é fortalecido quando vivemos com reverência o mistério da existência, com gratidão pelo dom da vida e com humildade em relação ao lugar que o ser humano ocupa na natureza.
Necessitamos com urgência de uma visão compartilhada de valores básicos para proporcionar um fundamento ético à comunidade mundial emergente. Portanto, juntos na esperança, afirmamos os seguintes princípios, interdependentes, visando a um modo de vida sustentável como padrão comum, através dos quais a conduta de todos os indivíduos, organizações, empresas, governos e instituições transnacionais será dirigida e avaliada.
PRINCÍPIOS
I. RESPEITAR E CUIDAR DA COMUNIDADE DE VIDA
1. Respeitar a Terra e a vida em toda sua diversidade.
- Reconhecer que todos os seres são interdependentes e cada forma de vida tem valor, independentemente de sua utilidade para os seres humanos.
- Afirmar a fé na dignidade inerente de todos os seres humanos e no potencial intelectual, artístico, ético e espiritual da humanidade.
2. Cuidar da comunidade da vida com compreensão, compaixão e amor.
- Aceitar que, com o direito de possuir, administrar e usar os recursos naturais, vem o dever de prevenir os danos ao meio ambiente e de proteger os direitos das pessoas.
- Assumir que, com o aumento da liberdade, dos conhecimentos e do poder, vem a
maior responsabilidade de promover o bem comum.
3. Construir sociedades democráticas que sejam justas, participativas, sustentáveis e pacíficas.
- Assegurar que as comunidades em todos os níveis garantam os direitos humanos e as liberdades fundamentais e proporcionem a cada pessoa a oportunidade de realizar seu pleno potencial.
- Promover a justiça econômica e social, propiciando a todos a obtenção de uma condição de vida significativa e segura, que seja ecologicamente responsável.
4. Assegurar a generosidade e a beleza da Terra para as atuais e às futuras gerações.
- Reconhecer que a liberdade de ação de cada geração é condicionada pelas necessidades das gerações futuras.
- Transmitir às futuras gerações valores, tradições e instituições que apóiem a prosperidade das comunidades humanas e ecológicas da Terra a longo prazo.
II. INTEGRIDADE ECOLÓGICA
5. Proteger e restaurar a integridade dos sistemas ecológicos da Terra, com especial atenção à diversidade biológica e aos processos naturais que sustentam a vida.
- Adotar, em todos os níveis, planos e regulamentações de desenvolvimento sustentável que façam com que a conservação e a reabilitação ambiental sejam parte integral de todas as iniciativas de desenvolvimento.
- stabelecer e proteger reservas naturais e da biosfera viáveis, incluindo terras selvagens e áreas marinhas, para proteger os sistemas de sustento à vida da Terra, manter a biodiversidade e preservar nossa herança natural.
- Promover a recuperação de espécies e ecossistemas ameaçados.
- Controlar e erradicar organismos não-nativos ou modificados geneticamente que
causem dano às espécies nativas e ao meio ambiente e impedir a introdução desses
organismos prejudiciais. - Administrar o uso de recursos renováveis como água, solo, produtos florestais e vida marinha de forma que não excedam às taxas de regeneração e que protejam a saúde dos ecossistemas.
- Administrar a extração e o uso de recursos não-renováveis, como minerais e combustíveis fósseis de forma que minimizem o esgotamento e não causem dano ambiental grave.
6. Prevenir o dano ao ambiente como o melhor método de proteção ambiental e, quando o conhecimento for limitado, assumir uma postura de precaução.
- Agir para evitar a possibilidade de danos ambientais sérios ou irreversíveis, mesmo quando o conhecimento científico for incompleto ou não-conclusivo.
- Impor o ônus da prova naqueles que afirmarem que a atividade proposta não causará dano significativo e fazer com que as partes interessadas sejam responsabilizadas pelo dano ambiental.
- Assegurar que as tomadas de decisão considerem as conseqüências cumulativas, a longo prazo, indiretas, de longo alcance e globais das atividades humanas.
- Impedir a poluição de qualquer parte do meio ambiente e não permitir o aumento de substâncias radioativas, tóxicas ou outras substâncias perigosas.
- Evitar atividades militares que causem dano ao meio ambiente.
7. Adotar padrões de produção, consumo e reprodução que protejam as capacidades regenerativas da Terra, os direitos humanos e o bem-estar comunitário.
- Reduzir, reutilizar e reciclar materiais usados nos sistemas de produção e consumo e garantir que os resíduos possam ser assimilados pelos sistemas ecológicos.
- Atuar com moderação e eficiência no uso de energia e contar cada vez mais com fontes energéticas renováveis, como a energia solar e do vento.
- Promover o desenvolvimento, a adoção e a transferência eqüitativa de tecnologias
ambientais seguras. - Incluir totalmente os custos ambientais e sociais de bens e serviços no preço de venda e habilitar os consumidores a identificar produtos que satisfaçam às mais altas normas sociais e ambientais.
- Garantir acesso universal à assistência de saúde que fomente a saúde reprodutiva e a reprodução responsável.
- Adotar estilos de vida que acentuem a qualidade de vida e subsistência material num mundo finito.
8. Avançar o estudo da sustentabilidade ecológica e promover o intercâmbio aberto e aplicação ampla do conhecimento adquirido.
- Apoiar a cooperação científica e técnica internacional relacionada à sustentabilidade, com especial atenção às necessidades das nações em desenvolvimento.
- Reconhecer e preservar os conhecimentos tradicionais e a sabedoria espiritual em todas as culturas que contribuem para a proteção ambiental e o bem-estar humano.
- Garantir que informações de vital importância para a saúde humana e para a proteção ambiental, incluindo informação genética, permaneçam disponíveis ao domínio público.
III. JUSTIÇA SOCIAL E ECONÔMICA
9. Erradicar a pobreza como um imperativo ético, social e ambiental.
- Garantir o direito à água potável, ao ar puro, à segurança alimentar, aos solos não contaminados, ao abrigo e saneamento seguro, alocando os recursos nacionais e internacionais demandados.
- Prover cada ser humano de educação e recursos para assegurar uma condição de vida sustentável e proporcionar seguro social e segurança coletiva aos que não são capazes de se manter por conta própria.
- Reconhecer os ignorados, proteger os vulneráveis, servir àqueles que sofrem e habilitá-los a desenvolverem suas capacidades e alcançarem suas aspirações.
10. Garantir que as atividades e instituições econômicas em todos os níveis promovam o desenvolvimento humano de forma eqüitativa e sustentável.
- Promover a distribuição eqüitativa da riqueza dentro das e entre as nações.
- Incrementar os recursos intelectuais, financeiros, técnicos e sociais das nações em desenvolvimento e liberá-las de dívidas internacionais onerosas.
- Assegurar que todas as transações comerciais apóiem o uso de recursos sustentáveis, a proteção ambiental e normas trabalhistas progressistas.
- Exigir que corporações multinacionais e organizações financeiras internacionais
atuem com transparência em benefício do bem comum e responsabilizá-las pelas
conseqüências de suas atividades.
11. Afirmar a igualdade e a eqüidade dos gêneros como pré-requisitos para o desenvolvimento sustentável e assegurar o acesso universal à educação, assistência de saúde e às oportunidades econômicas.
- Assegurar os direitos humanos das mulheres e das meninas e acabar com toda violência contra elas.
- Promover a participação ativa das mulheres em todos os aspectos da vida econômica, política, civil, social e cultural como parceiras plenas e paritárias, tomadoras de decisão, líderes e beneficiárias.
- Fortalecer as famílias e garantir a segurança e o carinho de todos os membros da
família.
12. Defender, sem discriminação, os direitos de todas as pessoas a um ambiente natural e social capaz de assegurar a dignidade humana, a saúde corporal e o bem-estar espiritual, com especial atenção aos direitos dos povos indígenas e minorias.
- Eliminar a discriminação em todas as suas formas, como as baseadas em raça, cor, gênero, orientação sexual, religião, idioma e origem nacional, étnica ou social.
- Afirmar o direito dos povos indígenas à sua espiritualidade, conhecimentos, terras e recursos, assim como às suas práticas relacionadas com condições de vida sustentáveis.
- Honrar e apoiar os jovens das nossas comunidades, habilitando-os a cumprir seu
papel essencial na criação de sociedades sustentáveis. - Proteger e restaurar lugares notáveis pelo significado cultural e espiritual.
IV. DEMOCRACIA, NÃO-VIOLÊNCIA E PAZ
13. Fortalecer as instituições democráticas em todos os níveis e prover transparência e responsabilização no exercício do governo, participação inclusiva na tomada de decisões e acesso à justiça.
- Defender o direito de todas as pessoas receberem informação clara e oportuna sobre assuntos ambientais e todos os planos de desenvolvimento e atividades que possam afetá-las ou nos quais tenham interesse.
- Apoiar sociedades civis locais, regionais e globais e promover a participação significativa de todos os indivíduos e organizações interessados na tomada de decisões.
- Proteger os direitos à liberdade de opinião, de expressão, de reunião pacífica, de associação e de oposição.
- Instituir o acesso efetivo e eficiente a procedimentos judiciais administrativos e independentes, incluindo retificação e compensação por danos ambientais e pela ameaça de tais danos.
- Eliminar a corrupção em todas as instituições públicas e privadas.
- Fortalecer as comunidades locais, habilitando-as a cuidar dos seus próprios ambientes, e atribuir responsabilidades ambientais aos níveis governamentais onde possam ser cumpridas mais efetivamente.
14. Integrar, na educação formal e na aprendizagem ao longo da vida, os conhecimentos, valores e habilidades necessárias para um modo de vida sustentável.
- Prover a todos, especialmente a crianças e jovens, oportunidades educativas que lhes permitam contribuir ativamente para o desenvolvimento sustentável.
- Promover a contribuição das artes e humanidades, assim como das ciências, na educação para sustentabilidade.
- Intensificar o papel dos meios de comunicação de massa no aumento da conscientização sobre os desafios ecológicos e sociais.
- Reconhecer a importância da educação moral e espiritual para uma condição de vida sustentável.
15. Tratar todos os seres vivos com respeito e consideração.
- Impedir crueldades aos animais mantidos em sociedades humanas e protegê-los de sofrimento.
- Proteger animais selvagens de métodos de caça, armadilhas e pesca que causem sofrimento extremo, prolongado ou evitável.
- Evitar ou eliminar ao máximo possível a captura ou destruição de espécies não visadas.
16. Promover uma cultura de tolerância, não-violência e paz.
- Estimular e apoiar o entendimento mútuo, a solidariedade e a cooperação entre todas as pessoas, dentro das e entre as nações.
- Implementar estratégias amplas para prevenir conflitos violentos e usar a colaboração na resolução de problemas para administrar e resolver conflitos ambientais e outras disputas.
- Desmilitarizar os sistemas de segurança nacional até o nível de uma postura defensiva não-provocativa e converter os recursos militares para propósitos pacíficos, incluindo restauração ecológica.
- Eliminar armas nucleares, biológicas e tóxicas e outras armas de destruição em
massa. - Assegurar que o uso do espaço orbital e cósmico ajude a proteção ambiental e a paz.
- Reconhecer que a paz é a plenitude criada por relações corretas consigo mesmo, com outras pessoas, outras culturas, outras vidas, com a Terra e com a totalidade maior da qual somos parte.
O CAMINHO ADIANTE
Como nunca antes na História, o destino comum nos conclama a buscar um novo começo. Tal renovação é a promessa destes princípios da Carta da Terra. Para cumprir esta promessa, temos que nos comprometer a adotar e promover os valores e objetivos da Carta.
Isto requer uma mudança na mente e no coração. Requer um novo sentido de interdependência global e de responsabilidade universal. Devemos desenvolver e aplicar com imaginação a visão de um modo de vida sustentável nos níveis local, nacional, regional e global. Nossa diversidade cultural é uma herança preciosa e diferentes culturas encontrarão suas próprias e distintas formas de realizar esta visão. Devemos aprofundar e expandir o diálogo global que gerou a Carta da Terra, porque temos muito que aprender a partir da busca conjunta em andamento por verdade e sabedoria.
A vida muitas vezes envolve tensões entre valores importantes. Isto pode significar escolhas difíceis. Entretanto, necessitamos encontrar caminhos para harmonizar a diversidade com a unidade, o exercício da liberdade com o bem comum, objetivos de curto prazo com metas de longo prazo. Todo indivíduo, família, organização e comunidade tem um papel vital a desempenhar. As artes, as ciências, as religiões, as instituições educativas, os meios de comunicação, as empresas, as organizações não-governamentais e os governos são todos chamados a oferecer uma liderança criativa. A parceria entre governo, sociedade civil e empresas é essencial para uma governabilidade efetiva.
Para construir uma comunidade global sustentável, as nações do mundo devem renovar seu compromisso com as Nações Unidas, cumprir com suas obrigações respeitando os acordos internacionais existentes e apoiar a implementação dos princípios da Carta da Terra com um instrumento internacionalmente legalizado e contratual sobre o ambiente e o desenvolvimento.
Que o nosso tempo seja lembrado pelo despertar de uma nova reverência face à vida, pelo compromisso firme de alcançar a sustentabilidade, a intensificação dos esforços pela justiça e pela paz e a alegre celebração da vida.
16 de mar. de 2015
Por que Paulo Freire na demonstração?
2. Esse cartaz - impressionante! - mostra contra quem mesmo eles estão "revoltados", indignados. Assim eles se traem. E mostra como Paulo Freire é mesmo um divisor de águas!!! Isso me convence sempre mais do que sempre digo - e repito sempre que posso: quem LEVA A SÉRIO A FRASE DE PAULO FREIRE - que não há um que sabe mais ou menso, há saberes diferentes - se for coerente, TEM DE MUDAR SUA VIDA!!! Tudo toma outra dimensão. A prática cotidiana - na família, na escola, na rua, no trabalho, nas relações de gênero, na igreja, TUDO, tem de mudar.
Fico feliz em ver isso comprovado! Isso é ótimo. Então: tudo o que vem se dizendo: corrupção, Petrobrás, etc.etc. é tudo mistificação, é para desviar dessa outra questão, QUE É A NECESSIDADE DE SE TER UMA DEMOCRACIA VERDADEIRA, DE IGUALDADE, DE RESPEITO, QUE PAULO FREIRE REPRESENTA!
Que fantástico ver isso! Não precisa argumentação melhor! Nunca um cartaz pode deixar transparecer os verdadeiros motivos de porque não se aceita UM NOVO PROJETO para nossa sociedade!
Abraços a todos,
Pedrinho Guareschi
Por que Paulo Freire na demonstração?
2. Esse cartaz - impressionante! - mostra contra quem mesmo eles estão "revoltados", indignados. Assim eles se traem. E mostra como Paulo Freire é mesmo um divisor de águas!!! Isso me convence sempre mais do que sempre digo - e repito sempre que posso: quem LEVA A SÉRIO A FRASE DE PAULO FREIRE - que não há um que sabe mais ou menso, há saberes diferentes - se for coerente, TEM DE MUDAR SUA VIDA!!! Tudo toma outra dimensão. A prática cotidiana - na família, na escola, na rua, no trabalho, nas relações de gênero, na igreja, TUDO, tem de mudar.
Fico feliz em ver isso comprovado! Isso é ótimo. Então: tudo o que vem se dizendo: corrupção, Petrobrás, etc.etc. é tudo mistificação, é para desviar dessa outra questão, QUE É A NECESSIDADE DE SE TER UMA DEMOCRACIA VERDADEIRA, DE IGUALDADE, DE RESPEITO, QUE PAULO FREIRE REPRESENTA!
Que fantástico ver isso! Não precisa argumentação melhor! Nunca um cartaz pode deixar transparecer os verdadeiros motivos de porque não se aceita UM NOVO PROJETO para nossa sociedade!
Abraços a todos,
Pedrinho Guareschi
15 de mar. de 2015
Procurando entender o Brasil de março de 2015 - Indo um pouco mais ao fundo
Procurando entender o Brasil de março de 2015 - Indo um pouco mais ao fundo
Pedrinho A. Guareschi - UFRGS
O que reflito abaixo é minha opinião, fruto de minhas 'meditações'. Sei que há outras opiniões e respeito a todas.
Para saberem de onde falo: não estou no Brasil, estou em Roma, num estágio sênior pós-doutoral, mas tenho recebido muitas "provocações", até mesmo telefonemas que insistem e me pedem que diga o que penso e como vejo o que está acontecendo no nosso Brasil nesses últimos meses, principalmente. E como tenho obrigações com tantos amigos, arrisco essas "meditações".
Estaria mentindo se dissesse que não estou me interessando, ou não estou me preocupando, com o que está acontecendo. Mas também confesso que não estou angustiado. Houve momentos de nossa história, e até momentos que vivi pessoalmente, em que a situação era mais crítica. Refiro-me, especificamente, ao fim da década de 1970, em que não se podia dizer ou fazer absolutamente nada sem correr risco de até mesmo de "desaparecer". E as coisas mudaram, a história tomou outros rumos. Mas o importante é ter em mente – e disso estou convencido – que não há um determinismo histórico. A História nós a construímos, com nossas ações, nossos projetos, nossa consciência crítica, nossas práticas coerentes. É por isso que me posiciono, com toda franqueza, deixando claras também minhas limitações.
Vejo que fundamental, para se entender o que acontece, ter uma visão maior, mais ampla, uma visão que chamaria de histórica. Não se pode ficar na superfície, vendo apenas as últimas manchetes dos jornais. Essa é uma postura medíocre e perigosa. O que vem acontecendo no Brasil hoje não é fruto do momento: faz parte de um "encadeado" de fatos, acontecimentos, tanto nacionais (brasileiros), como internacionais. Aliás, para uma excelente análise desse fenômeno recomendo o artigo do pensador Boaventura de Sousa Santos, que foi publicado no site do IBASE, com o título: "Brasil: A Grande Divisão". Para mim esse trabalho é uma das melhores iluminações para se compreender o momento atual, tanto mundial, como o brasileiro. Vou retomar sua reflexão central, depois aplico ao caso brasileiro.
Para ele, as mudanças que estão acontecendo em alguns países da América Latina (AL), e especificamente no Brasil, são uma "ameaça" ao pensamento e às forças dominantes e hegemônicas do capitalismo mundial, fundamentado fortemente e predominante no sistema financeiro, onde mandam e decidem os grandes bancos do mundo (nesse tripé, financeiro, produtivo e militar, comanda o financeiro). Vários países da AL estão tentando se desvencilhar dessa dominação. E o Brasil esteve (e está) à frente desse movimento, como se viu na reunião dos membros do BRICS, em Fortaleza, onde inclusive foi criado um banco e um fundo anticrise como uma contraposição. Isso representa uma ameaça. E foi por isso que a mídia internacional (vou retornar a esse ponto ao final), foi totalmente contrária à possibilidade de Dilma ganhar as eleições no Brasil. Todos os grandes jornais do mundo (desse modelo capitalista financeiro) criticaram ferozmente a candidata Dilma. E isso é extremamente ilustrativo. Não existiam naquela ocasião os motivos que teríamos hoje (corrupção, Petrobrás, etc.) Era simplesmente porque ela representava um NOVO PROJETO. Eis a questão: a América Latina é uma ameaça, porque parece estar nascendo aqui um novo jeito de viver, uma alternativa ao sistema financeiro hegemônico. Esse projeto não pode prosperar. É preciso estancá-lo, matá-lo na fonte.
(Me desculpem esse parêntese: para quem lê as entrelinhas, é exatamente contra esse projeto capitalista financeiro que as falas todas do Papa Francisco se referem, com palavras duríssimas. Ele sabe bem o que os fundos "abutre" tentaram fazer com a Argentina. Não é à toa que ele esteja sofrendo cada vez maiores críticas, exatamente desses setores).
Passemos ao nosso querido Brasil, nesses dias de "suposta" turbulência, magistralmente comandada e turbinada pela grande mídia dominante, como se pode ver, com clareza meridiana, analisando apenas suas manchetes.
Lançando um olhar mais abrangente e histórico: o que está realmente acontecendo? É que existe um fato verdadeiramente novo: a sociedade brasileira, como um todo, está sofrendo uma transformação. Nos 500 anos de história do Brasil, pela primeira vez um grupo significativo, que chega quase a um quarto da população de 200 milhões, está "subindo" na vida, deixando uma situação de exclusão (chame a isso como quiser: periferia, miséria, senzala mesmo) e está começando a participar na sociedade. Participar aqui significa ter um mínimo para viver, poder ter casa, ter emprego, ter escola, ter um SUS, ter energia para poder ter geladeira e outros benefícios trazidos pela eletricidade. Ter trabalho, algo fundamental - aqui na Itália, 45 % dos jovens estão desempregados e o índice de desemprego é ao redor de 20 por cento. Na Espanha a situação é ainda pior, e o Brasil tem um índice de desemprego dos menores do mundo, ao redor de 6%. Pelo Programa Bolsa Família, são perto de 13 milhões de famílias, número que multiplicado por três (no mínimo), chega a 40 milhões de brasileiros. Fico pensando porque tantas críticas, insinuações, maledicências contra um programa que consegue fazer milhões de famílias, as mais pobres, protagonistas de sua história. E fico me perguntando porque os que criticam e Programa não falam das "condicionalidades" inerentes ao programa, isto é: que os filhos devem frequentar a escola, o que veio solucionar parte dos enormes problemas de evasão escolar e de analfabetismo; que as crianças devem receber todas as vacinas, o que vem melhorar grandemente as condições de saúde; e que é fundamentalmente a mulher que gerencia o dinheiro o que, numa sociedade patriarcal como a nossa garante, a promove socialmente e lhe dá condições de mais cidadania.
Essa, no meu ponto de vista, a verdadeira questão. E aqui arrisco a consideração mais séria: grande parte dos "insatisfeitos" talvez não tenha parado para pensar que sua raiva, ou mesmo seu ódio (tenho até vergonha em escrever essas palavras...) talvez seja que há uma enormidade de gente subindo na vida, chegando lá onde eles estão...E isso desperta neles(as) um sentimento de temor, se sentem ameaçados! Vejamos com coragem: quem são os que estão protestando? Quem eram os que tiveram a coragem de dizer tais barbaridades na inauguração da copa? Porque o protesto contra a fala da Presidenta se localizou em determinados bairros, de pessoas bem posicionadas e ricas? Por que só "alguns" se incomodam? Pessoalmente não excluo a hipótese de que essa parcela não chegue mesmo a ter consciência do que os move: esse sentimento de "classe" que não permite a chegada de outros que possam diminuir privilégios.
Poder-se-ia perguntar: o que há de errado, ou ruim, que os outros também tenham o que eu tenho? O que se vê é uma reação que, na verdade, não tem razão de ser creditada apenas a um partido, ou a uma pessoa, como se está fazendo. Afinal, qual o partido que ficou isento desses escândalos? Por que dirigir, então, todo o ódio contra apenas um determinado partido? E quanto às pessoas: porque o ódio (coisas horripilantes, palavras e termos vergonhosos) contra uma pessoa? É preciso buscar mais além as razões do que estamos presenciando.
Que me desculpem, então, mas percebo que o que está acontecendo é um protesto contra um fenômeno bem mais sério e profundo, uma situação que está causando medo e ameaça pois está conseguindo produzir uma mudança qualitativa na história do Brasil: a incorporação de milhões que até há pouco viviam nas periferias e "senzalas" e que agora estão se mostrando, estão aparecendo. É um novo projeto que está em andamento, que poderá modificar qualitativamente nossa sociedade. É contra esse PROJETO que está principalmente sendo feito esse protesto! Repito: talvez os que protestem, principalmente os mais bem aquinhoados, nem tenham consciência disso. Eles têm sim um "sentimento", um sentimento de uma classe ameaçada. E uma reação capitaneada pela mídia, que é o que pretendo refletir a seguir.
É fundamental trazer agora ao palco uma variável decisiva – a mesma que Boaventura Santos examina em seu trabalho sobre "A Grande Divisão": os meios de comunicação! É simplesmente impossível uma análise que seja fundamentada sem que se leve em consideração o papel que eles estão desempenhando. Um olhar poro mais superficial que seja nos vai mostrar que eles sempre foram, e estão hoje, decididamente, contra esse Projeto, esses 12 anos de um governo de algum modo mais aberto à parcela mais excluída da população, interessado na inclusão de mais brasileiros(as) nos direitos de cidadania. Mas nem podia ser diferente, pois a 'grande mídia' está umbilicalmente ligada à classe dominante. São famílias - histórica e sociologicamente praticamente as mesmas das capitanias hereditárias e as da Casa Grande – que dominam essa mídia e conseguem dizer "o que existe" – uma coisa, nos nossos dias, existe, ou deixa de existir, se é veiculado! E mais: decidem se isso que existe "é bom ou ruim": nossa mídia, que é uma concessão pública e que deveria informar e dar as condições para que as pessoas formassem sua opinião, não faz isso de maneira nenhuma, mas se coloca como "formadora de opinião", dizendo o que está certo ou errado – uma usurpação de seu verdadeiro papel. Ora, o que uma mídia da Casa Grande vai dizer sobre o que está acontecendo e que a vem ameaçando? E ainda mais: essa mídia "pauta a discussão": a população só vai saber e poder falar o que a mídia traz. Felizmente é pouca gente do povo que lê jornais...esses ainda se salvam. Mas, por outro lado, infelizmente, são milhões que só vêem televisão, e aqui a situação é calamitosa.
Ainda sobre a mídia, gostaria de salientar e lamentar a prática de alguns veículos de comunicação, principalmente da mídia escrita, que parecem se especializar na criação e alimentação até mesmo de um ódio contra determinados grupos da sociedade. Esses grupos são, em geral, os mais excluídos, os mais pobres, e principalmente os que têm coragem de se organizar e lutar para conseguir mudanças. E junto com a execração desses excluídos, vão os que os defendem. Apenas a análise das capas de Veja sobre o Movimento dos Sem Terra – muitos estudos já foram feitos sobre isso – comprova essa afirmação. Acho isso abominável. É a perpetuação de sentimentos de discriminação e de segregação.
Retomo o início. É como vejo esse momento agora. É minha opinião. Há muitas outras, e respeito a todas. Mas minhas meditações me conduzem a isso.
http://fepoliticaetrabalho.blogspot.com.br/2015/03/procurando-entender-o-brasil-de-marco.html
14 de mar. de 2015
Golpismo sim, senhor
Golpismo sim, senhor
As manifestações do dia 15 são uma marcha golpista, antidemocrática, hipócrita, financiada empresarialmente e comandada por aqueles que perderam a eleição.
http://cartamaior.com.br/?%2FEditoria%2FPolitica%2FGolpismo-sim-senhor%2F4%2F33053
Em cada diferença, a igualdade
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Vídeo: https://www.youtube.com/live/OWyJah-p1kQ?si=BSdGijJUkrDu4AV1
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Casas, maquinários e plantações debaixo d'água 🏚🚜⛈😢 Em meio às maiores enchentes da história do Rio Grande do Sul, que soma 83 pessoa...