24 de out. de 2014

O que é governar bem?

O que é governar bem? (para pensar antes de votar)

Outubro 20, 2014

Flávio Koutzii

Os grandes governantes são aqueles que, em meio a uma situação de crise, encontram brechas e seguem em frente. Os burocratas, por sua vez, diante da crise, ficam paralisados e não saem do lugar. A eleição deste ano no Rio Grande do Sul está confrontando dois projetos que expressam muito bem essa diferença. O futuro do Estado está diante de um discurso da potência e outro da impotência. Tarso Genro, quando assumiu o governo do Estado em 2011, não ficou reclamando da falta de dinheiro e se conformando em rolar a dívida com a barriga. Ao invés disso, teve a audácia, a coragem e a determinação de tomar medidas para enfrentar a barreira da dívida. Fez, assim, o que define os grandes governantes: descobriu brechas na crise e encontrou um caminho para avançar.

O projeto representado pelo governador Tarso Genro é confrontado hoje por uma candidatura que encarna a paralisia dos governantes burocratas adeptos do Estado mínimo e dos choques de gestão. Os gaúchos e gaúchas ainda tem na memória o desastroso governo de Yeda Crusius (PSDB) que, diante da crise, optou pela paralisia e pelo sucateamento do Estado. É esse o caminho proposto agora também pelo candidato do PMDB, José Ivo Sartori. Não é à toa que os mesmos partidos que sustentaram o governo Yeda, estão juntos agora com Sartori. Em recente conversa com professores, o candidato dessa aliança PMDB-PSDB deixou claro qual seria o seu estilo de governar: "se me derem dinheiro", poderemos melhorar o salário dos professores. Ora, um bom governante não fica esperando que lhe deem dinheiro, mas vai atrás, encontra brechas e constroi alternativas.

O candidato Sartori vem dizendo também que não é para ficar olhando pelo espelho retrovisor. Ao culto da paralisia, soma-se aqui à aversão pela memória e pelo passado. A busca de alternativas e saídas para crise exige justamente o contrário dessa postura. É preciso olhar para trás e ver como o Estado ficou quando a burocracia neoliberal paralisante tomou conta do governo e como ele avançou, como ocorreu nos últimos quatro anos, quando não parou por causa das dívidas e encontrou novos caminhos. Essa é a diferença entre a potência e a impotência, entre o bom governante e o burocrata, entre a iniciativa e a paralisia.

É nisso que consiste governar bem. Não basta se conformar com uma situação de crise financeira e dizer que, "se me derem dinheiro", farei alguma coisa. Contra essa postura conformista, o governo Tarso Genro mostrou nesses últimos quatro anos como é possível avançar em meio às dificuldades e não ficar paralisado pela crise. O Rio Grande do Sul passou a crescer acima da média nacional, com um dos menores desempregos do país, investindo pesadamente em tecnologia, em qualificação profissional, no combate à desigualdade, na recuperação dos salários dos servidores e na qualificação dos serviços públicos. O Estado deixou de ficar de costas para o Brasil e assumiu protagonismo internacional. Tarso não ficou esperando que "lhe dessem dinheiro". Com ousadia, construiu alternativas e trilhou novos caminhos. É fácil dizer "vou manter o que está bom e mudar o que não está". O que define o bom governante é justamente criar o novo em meio à crise e não ficar sentado, paralisado, aguardando que o dinheiro e as soluções caiam do céu.


http://rsurgente.wordpress.com/2014/10/20/o-que-e-governar-bem-para-pensar-antes-de-votar/

Nota do Movimento Nacional de Direitos Humanos - MNDH

MNDH APOIA CANDIDATURA DE DILMA ROUSSEFF PARA PRESIDENTE
 
Diante do quadro eleitoral analisamos que os discursos que ecoaram na sociedade em 2014 demanda uma analogia para uma conjuntura que se assemelha as vésperas do Golpe Militar de 1964 há 50 anos atrás, quando discursos conservadores propagado pelos meios de comunicação atacavam propostas de reformas estruturais nas políticas públicas para acesso à maioria da população, e em nome da demonização do Governo à época a elite brasileira tomou o poder com apoio das forças armadas e com ela governou. Por isto o povo brasileiro paga até hoje.

O Discurso presente na campanha de Aécio Neves e de seus correligionários e apoiadores além de significar retrocessos às inúmeras conquistas dos movimentos sociais consolidadas na implantação dos princípios constitucionais, impôs com fundamentalismo de ódio um embate de ricos contra pobres e nordestinos, além de incorporar propostas que denotam um projeto do interesse do capital estrangeiro e o da elite que se recusa as práticas da democracia, indo portanto na contra mão da igualdade social e de direitos.

Não obstante, o candidato Aécio Neves recentemente declarou que caso vença as eleições promoverá uma reforma ao Plano Nacional de Direitos Humanos juntamente com o congresso, significando que a construção social do PNDH 3 será descartada e sua intenção aponta para um plano de direitos humanos de gabinete, contrariando assim os interesses populares e seus desejos e direitos de participação na vida política.

Apesar do PNDH 3 não ter sido centro das políticas de Dilma a partir de 2010, os movimentos sociais conquistaram com árdua luta da sociedade civil junto ao Governo Federal o Marco Regulatório, o Sistema Nacional de Participação Social, o Conselho Nacional de Direitos Humanos, o Comitê Nacional de Prevenção e Combate a Tortura e etc, instrumentos importantíssimos para que haja ampliação da democracia e ampliação de mecanismos para implantação de propostas de promoção, garantia e defesa dos direitos humanos.

Neste sentido, o MNDH entende que são dois projetos para o Estado brasileiro, e embora o Movimento mantenha sempre sua autonomia e independência, neste momento orienta que suas entidades e seus filiados se manifestem em prol da candidatura de Dilma Rousseff como aquela que representa neste momento as expectativas de um projeto para Brasil que permita a erradicação da desigualdade social para que haja distribuição da justiça social com inclusão de direitos, e a imediata implementação do PNDH 3.

Assim convocamos todos e todas para irmos as ruas com todas as nossas convicções em busca de votos esclarecendo as inúmeras propostas e ideias que mostram as diferenças de projetos e seguirmos ampliando influencias na política de Estado as propostas dos Direitos Humanos, com Dilma Rousseff presidenta nesse próximo dia 26 de outubro de 2014 e derrotarmos o projeto da elite brasileira e do capital estrangeiro.

Vamos à luta nestes dias que restam e não vamos mais deixar que o militarismo volte a governar o Brasil !

Movimento Nacional de Direitos Humanos

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REDE MNDH - MOVIMENTO NACIONAL DE DIREITOS HUMANOS
Luta pela Vida contra a violência.
http://www.mndh.org.br 
mndh@mndh.org.br

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